quarta-feira, 15 de junho de 2011

Inquisição e Index - Repressão

 
Em meados de 1542 dá-se início a uma terrível repressão. Por esta época o papa Paulo III restabelece o tribunal da Santo Ofício, mais vulgarmente conhecido como Inquisição. Este visava proteger a religião e salvar as almas dos homens (mesmo que esses não o quisessem). Os funcionários desta instituição estavam seguros daquilo que estavam a fazer, para eles Deus concordava com aquilo que faziam.
  A Inquisição foi, fundamentalmente, uma instituição espanhola que antecedeu a contra-reforma. O seu método consistia em julgar os suspeitos que eram denunciados através de testemunhas anónimas. Usavam torturas para tentar arrancar uma confissão do  réu, que normalmente confessava mesmo sem ter cometido crime algum. Mal o réu confessava era ou entregue  ao Estado ou sentenciado à morte na fogueira. Isto traduz-se na concordância entre o Estado e a Igreja. O Estado usava este meio para se livrar dos seus inimigos políticos ou simplesmente das pessoas que contestavam as suas decisões. Este instrumento foi o mais negativo e aterrador da Contra-Reforma.
Paulo IV fez publicar o Index dos livros proibidos. A heresia é, por vezes, fruto da leitura. Como tal organiza uma lista de livros expressamente proibidos para todas as pessoas, ou melhor, para todos os católicos (só tinham poder sobre eles). Esta lista estava dividida em: autores (como Erasmo), autores cujos livros eram condenados individualmente e livros com doutrinas prejudiciais. Todos aqueles que fizessem que fossem denunciados por ter livros condenados em casa (mesmo que não os tivessem) eram torturados pela Inquisição.
Estas medidas limitaram, durante vários anos, a liberdade de pensamento e comunicação, ao mesmo tempo que representou um bloqueio cultural.

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